sábado, 29 de junho de 2013

NO CAIRO 2

Visita a Africa Hope (http://africanhopelc.com/)

Crianças da African Hope
Mesmo estando no período de férias, nós visitamos a Africa Hope.
Um escola que atende 100 crianças de 10 nacionalidades diferentes – todos refugiados.
É um projeto simples que conta com a fé pra suprimento diário, desde alimentação das crianças, material didático até o pagamento dos professores, os quais também são refugiados e que recebe 100 dólares por mês.



Bancos da Escola
As crianças que ali estudam já enfrentaram muitas dificuldades em suas vidas, uma vez que vem de países que enfrentaram e estão enfrentando dificuldades políticas e conflitos. Mas ainda enfrentam dificuldades, pois agora enfrentam um preconceito duplo – primeiro por serem negros, e segundo por serem refugiados. A essas crianças é negada um direito básico – escola.

Conversamos com o administrador – Jean Pie, um refugiado do Congo que está no Cairo há 9 anos. Eles nos disse que o alvo da escola é mudar o futuro dessas crianças – dando esperança!

Um dos alvos no momento na escola é mobiliar uma das classes com bancos e carteiras próprias para o estudo. Quem sabe alguma escola evangélica no Brasil poderia ser parceira desta escola em oração e ajuda. Fica aí um desafio!

ÚLTIMO DIA NO EGITO

Em meio a um ambiente tenso de antecipação devido ao anuncio de manifestações pró e contra o governo, nós nos preparamos para sair do país.
Como na nossa saída do Brasil, tivemos que nos locomover para perto do aeroporto, umas 8 horas antes do nosso voo. O bom foi que tínhamos um casal de amigos que também trabalham ali e pudemos gastar um tempo com eles – compartilhando e orando.

Falar em manifestações deste lado do mundo não é nada igual ao que está acontecendo no Brasil. O contexto aqui é bem mais tenso, o governo bem mais repressor. Por exemplo, para evitar as manifestações o governo racionou a gasolina dos postos, assim por toda a semana a população tinha que ficar horas a fio em filas para conseguir o combustível. Imagina fazer isto em um calor insuportável!
Agora imagina o ânimo deste povo em relação ao governo, que também promete uma resposta bem repressora às manifestações.

Sair do país também foi uma experiencia sui generis – o saguão do aeroporto estava tomado por pessoas de muitos países árabes. Muito barulho, muita confusão, a medida que as filas para os embarques não eram respeitadas.

Tivemos um pequeno momento de pânico imaginando se iríamos conseguir embarcar, mas logo chegou um nacional que nos ofereceu para nos levar ao nosso balcão e check – in. O seguimos sem saber exatamente para onde estávamos indo.
Nos deixou no início de uma fila, a qual não tínamos a noção que já era a fila para passar pelo raio x das bagagens. Se armou a maior confusão. Mas enfim, conseguimos passar nossas bagagens.

No balcão da cia, outra confusão. Filas duplas por todas partes. A esteira das bagagens não estava funcionando. Fomos os últimos a fazer o check in, e ficamos olhando para nossa mala parada na esteira, ainda quando nos dirigimos para o portão de embarque, orando para vê-la no nosso destino.

Deixamos o país, com a notícia que as manifestações já estavam começando no centro da cidade – foi um alívio saber que não teríamos que enfrentar aquela situação. Mas ao mesmo tempo, saímos com o coração pesado, pelas pessoas que ficaram no país – tantos os nacionais, como inúmeros trabalhadores do Senhor que estão ali servindo e que não sabem de seu futuro.

A nossa oração: por justiça nesta nação, por um governo justo e por proteção aos cristãos, que serão os primeiros a serem perseguidos. E por todos os trabalhadores da seara , para que sejam guardados, protegidos, encorajados e dirigidos pelo Senhor, à medida que seus planos de estarem no país podem mudar a qualquer momento.

Sentimos que os trabalhadores brasileiros nesta parte do mundo, onde há tantas tensões e perseguição, precisam estar preparados para viver neste contexto. Precisam estar sempre se adaptando , tentando viver mais perto do povo possível, sabendo sua língua e costumes, mas por outro lado, precisam estar preparados para deixar o país a qualquer momento.

Dois textos falaram ao nosso coração durante este tempo no Egito :
O primeiro em Sl 94 que fala sobre a justiça de Deus:
v 3 – Até quando os ímpios, Senhor, até quando os ímpios exultarão?
V 14 – O Senhor não desamparará o seu povo; jamais abandonará a sua herança.

Para o que dizemos AMÉM!

O segundo, em Mt 24 , quando fala : Então se verá o filho do homem , vindo sobre as nuvens com poder e glória.

Em um contexto de perseguição, de não exaltação ao nome de Jesus, há nos corações o desejo de ver Jesus vindo sobre as nuvens e estabelecendo o seu reino.

Por isso dizemos: Vem Senhor Jesus!

Silas e Márcia

Silas e Márcia