Visita a Africa Hope (http://africanhopelc.com/)
Crianças da African Hope |
Mesmo estando no
período de férias, nós visitamos a Africa Hope.
Um escola que atende
100 crianças de 10 nacionalidades diferentes – todos refugiados.
É um projeto simples
que conta com a fé pra suprimento diário, desde alimentação das
crianças, material didático até o pagamento dos professores, os
quais também são refugiados e que recebe 100 dólares por mês.
Bancos da Escola |
As crianças que ali
estudam já enfrentaram muitas dificuldades em suas vidas, uma vez
que vem de países que enfrentaram e estão enfrentando dificuldades
políticas e conflitos. Mas ainda enfrentam dificuldades, pois agora
enfrentam um preconceito duplo – primeiro por serem negros, e
segundo por serem refugiados. A essas crianças é negada um direito
básico – escola.
Conversamos com o
administrador – Jean Pie, um refugiado do Congo que está no Cairo
há 9 anos. Eles nos disse que o alvo da escola é mudar o futuro
dessas crianças – dando esperança!
Um dos alvos no momento
na escola é mobiliar uma das classes com bancos e carteiras próprias
para o estudo. Quem sabe alguma escola evangélica no Brasil poderia
ser parceira desta escola em oração e ajuda. Fica aí um desafio!
ÚLTIMO DIA NO EGITO
Em meio a um ambiente
tenso de antecipação devido ao anuncio de manifestações pró e
contra o governo, nós nos preparamos para sair do país.
Como na nossa saída do
Brasil, tivemos que nos locomover para perto do aeroporto, umas 8
horas antes do nosso voo. O bom foi que tínhamos um casal de amigos
que também trabalham ali e pudemos gastar um tempo com eles –
compartilhando e orando.
Falar em manifestações
deste lado do mundo não é nada igual ao que está acontecendo no
Brasil. O contexto aqui é bem mais tenso, o governo bem mais
repressor. Por exemplo, para evitar as manifestações o governo
racionou a gasolina dos postos, assim por toda a semana a população
tinha que ficar horas a fio em filas para conseguir o combustível.
Imagina fazer isto em um calor insuportável!
Agora imagina o ânimo
deste povo em relação ao governo, que também promete uma resposta
bem repressora às manifestações.
Sair do país também
foi uma experiencia sui generis – o saguão do aeroporto estava
tomado por pessoas de muitos países árabes. Muito barulho, muita
confusão, a medida que as filas para os embarques não eram
respeitadas.
Tivemos um pequeno
momento de pânico imaginando se iríamos conseguir embarcar, mas
logo chegou um nacional que nos ofereceu para nos levar ao nosso
balcão e check – in. O seguimos sem saber exatamente para onde
estávamos indo.
Nos deixou no início
de uma fila, a qual não tínamos a noção que já era a fila para
passar pelo raio x das bagagens. Se armou a maior confusão. Mas
enfim, conseguimos passar nossas bagagens.
No balcão da cia,
outra confusão. Filas duplas por todas partes. A esteira das
bagagens não estava funcionando. Fomos os últimos a fazer o check
in, e ficamos olhando para nossa mala parada na esteira, ainda quando
nos dirigimos para o portão de embarque, orando para vê-la no nosso
destino.
Deixamos o país, com a
notícia que as manifestações já estavam começando no centro da
cidade – foi um alívio saber que não teríamos que enfrentar
aquela situação. Mas ao mesmo tempo, saímos com o coração
pesado, pelas pessoas que ficaram no país – tantos os nacionais,
como inúmeros trabalhadores do Senhor que estão ali servindo e que
não sabem de seu futuro.
A nossa oração: por
justiça nesta nação, por um governo justo e por proteção aos
cristãos, que serão os primeiros a serem perseguidos. E por todos
os trabalhadores da seara , para que sejam guardados, protegidos,
encorajados e dirigidos pelo Senhor, à medida que seus planos de
estarem no país podem mudar a qualquer momento.
Sentimos que os
trabalhadores brasileiros nesta parte do mundo, onde há tantas
tensões e perseguição, precisam estar preparados para viver neste
contexto. Precisam estar sempre se adaptando , tentando viver mais
perto do povo possível, sabendo sua língua e costumes, mas por
outro lado, precisam estar preparados para deixar o país a qualquer
momento.
Dois textos falaram ao
nosso coração durante este tempo no Egito :
O primeiro em Sl 94 que
fala sobre a justiça de Deus:
v 3 – Até quando os
ímpios, Senhor, até quando os ímpios exultarão?
V 14 – O Senhor não
desamparará o seu povo; jamais abandonará a sua herança.
Para o que dizemos
AMÉM!
O segundo, em Mt 24 ,
quando fala : Então se verá o filho do homem , vindo sobre as
nuvens com poder e glória.
Em um contexto de
perseguição, de não exaltação ao nome de Jesus, há nos corações
o desejo de ver Jesus vindo sobre as nuvens e estabelecendo o seu
reino.
Por isso dizemos: Vem
Senhor Jesus!
Silas e Márcia
Silas e Márcia