sábado, 11 de dezembro de 2010

UM PEDIDO

Amigo missionário brasileiro,


Ao escrever, presumo que agência e igreja são parceiras nas decisões de envio e acompanhamento de nossa atuação missionária.

Encontro-me regularmente com líderes e missionários. Percebo que a nossa força missionária tem muitos pontos positivos. Mas manifesta-se numa minoria comportamentos bem independentes, ao tornarem-se agenciadores de novos missionários. Nesse caso, passam a facilitar a chegada de novos missionários, sem que estes passem pelos critérios de seleção, treinamento/orientação e envio de agências estabelecidas e experientes. O resultado deste comportamento independente costuma ter inúmeras dores de cabeça que poderiam ser evitadas. Não estou dizendo que o envio por boas agências sempre dá certo, mas as falhas são bem menos frequentes. Quando missionários recebem novos missionários, sem processá-los via estruturas enviadoras, na prática, fazem o seguinte:

1) Desonram os centros de treinamento e de envio do Brasil, passando o recado implícito de que possuem pouco valor. Ou seja, as pessoas podem ir de qualquer jeito.

2) Adicionam casos trágicos que levam pessoas a pensar que no Brasil não somos sérios, quando, na verdade, a empreitada problemática não passou por critérios estabelecidos de ministérios respeitados.

3) Implicitamente, endossam independência como valor cristão. Sabemos que pessoas que não prestam conta a líderes costumam gerar uma série de problemas para eles próprios e para outros.

Por isso, com humildade, peço aos missionários do Brasil que recusem a tentação de agirem como se fossem agências missionárias. Deixem que as agências sejam agências. E que a força missionária brasileira seja uma força atuante no campo, no papel designado por Deus. Entendo que assim, funcionando como Corpo em comunhão, cada um no seu papel, produziremos mais para a glória de Deus.

Silas Tostes é presidente da AMTB (Associação de Missões Transculturais Brasileiras) e diretor da Missão Antioquia